O Seminário de Pós-Graduação que é um dos
eventos do programa Inovamundi, acontece nos dias 17 e 18 de outubro.
Interessados já podem se inscrever através do site www.feevale.br/inovamundi.
Um dos trabalhos destaques do ano passado foi
“Aplicação de eletro oxidação como alternativa ao tratamento de Chorume de
aterro sanitário”, de autoria de Cláudia Regina Klauck. Confira abaixo uma
entrevista com Claudia falou sobre a contribuição da participação no evento
para sua formação profissional e acadêmica.
1. Que incentivo você teve para
participar da Feira de Iniciação Científica da Universidade Feevale? Foi um
grande prazer participar da Feira de Iniciação Científica, pois foi uma
oportunidade de divulgar as pesquisas que venha realizando dentro da
Universidade. Desde o início, fui encorajada a participar do evento pelo meu
orientador, o professor Dr. Marco Antônio Siqueira Rodrigues. Ele sempre
incentivou minha participação na feira por reconhecer a importância dessas
ocasiões na divulgação das pesquisas realizadas na universidade e, em
específico, daquelas pelas quais nosso grupo de pesquisa é responsável. Além
disso, a pró-reitora de pesquisa realizou ampla divulgação do evento, o que fez
com que eu me interessasse em inscrever meu trabalho e em promover os estudos
da minha área. Além disso, a visibilidade que o evento tem na região, tanto em
relação à comunidade científica, quanto às demais universidades no vale,
impulsionaram minha adesão.
2. Como participar deste tipo de evento
pode contribuir para a formação profissional e acadêmica? A participação em eventos acadêmicos e,
especificamente, na Feira de Iniciação científica é uma oportunidade de
divulgação de estudos, e trabalhos que os alunos e pesquisadores realizam;
dessa forma, pode-se entrar em contato com outros pesquisadores e orientadores,
além de ser possível a ampla difusão de informações e dados científicos. Tudo
isso alavanca a visibilidade dos grupos de pesquisa da universidade e, por
consequência, dos alunos e professores envolvidos nas pesquisas. Nesses
eventos, através da disseminação de dados, o pesquisador pode ter a
oportunidade de entrar em contato com outros estudiosos de sua área, ampliando
o escopo de estudos e, ainda, abrindo margem para possíveis parcerias. A
visibilidade e as parcerias que são frutos desses encontros são ferramentas que
podem, ainda, possibilitar financiamentos, oferta de bolsas de estudos, além de
convites para publicações de artigos ou participação em outros eventos. Essas
são questões importantes que fazem parte da rotina do pesquisador, e que podem
impulsionar seu estudo, além de trazerem reconhecimento e legitimação a sua
pesquisa. Há ainda que se pensar que a promoção desse tipo de evento demonstra
que a instituição apoia e valoriza seus alunos e seus grupos de pesquisa, o que
certamente enriquece a imagem da universidade para os demais pesquisadores e
para outras universidades; fortalecem-se assim, o currículo e a formação dos
alunos que nela estudam e realizam suas pesquisas.
3. Como você vê os reflexos da pesquisa
que foi apresentada na sociedade? A
pesquisa que apresentei é sobre a aplicação de tecnologias no tratamento de
chorume; realizamos uma avaliação da toxicidade do efluente tratado com essas
tecnologias, a fim de se concluir a eficiência de cada uma. Trata-se de um
assunto muito atual, que envolve questões relacionadas ao tratamento da água, o
que certamente pode ter muitos reflexos positivos na sociedade, quando pensamos
em uma melhora na forma de se viabilizar o tratamento dos efluentes que se
utiliza hoje. Muitas pesquisas no Brasil enfatizam tais tecnologias como sendo
uma solução para o tratamento de efluentes; entretanto, enfoca-se com
frequência o enquadramento nos parâmetros físicos e químicos de lançamento, e
considera-se com menos ênfase o impacto que tal efluente tem sobre a biota. Na
pesquisa, observo que nem sempre a tecnologia considerada “limpa” e a geração
de um efluente com aspecto límpido após o tratamento indicam que este produto é
seguro para o meio ambiente. A relação da pesquisa que realizamos com a
sociedade é enorme, tendo em vista que estamos lidando com questões que
envolvem diretamente o meio ambiente e, por consequência, as pessoas e seu
bem-estar. Nossa pesquisa tem apontado para uma série de caminhos, muitos deles
esclarecedores no que diz respeito à questão do tratamento dos efluentes,
muitos outros, porém, que ainda precisam ser desbravados. Nessa perspectiva, a
pesquisa beneficia a sociedade, não somente por lidar com temas dos quais
depende seu futuro, mas também por abrir caminhos para que essa problemática
seja pensada e novas ideias possam ser fomentadas, no sentido de se buscar
soluções que possam beneficiar o meio ambiente e também as populações que nele
vivem.
